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ARPÓN Y SAÍN DE CAIÓN

 

PROLOGO DEL LIBRO 

 

 

E a primeira coisa que fazem é arpoar o filho, a que chamam baleato, o qual andasempre em cima da água brincando, dando saltos como golfinhos, e assim com facilidade o arpoam com um arpéu de esgalhos posto em uma haste, como de umdardo, e em o ferindo e prendendo com os galhos puxam por ele com a corda doarpéu, e o amarram, e atracam em uma das lanchas, que são três as que andamneste ministério, e logo da outra arpoam a mãe, que não se aparta do filho, ecomo a baleia não tem ussos mais que no espinhaço, e o arpéu é pesado, e despe-dido de bom braço, entra-lhe até o meio da haste, sentindo-se ela ferida corre, e foge uma légua, às vezes mais, por cima da água, e o arpoador lhe larga a corda, ea vai seguindo até que canse, e cheguem as duas lanchas, que chegadas se tornamtodas três a pôr em esquadrão, ficando a que traz o baleato no meio, o qual a mãesentindo se vem para ele, e neste tempo da outra lancha outro arpoador lhe des- pede com a mesma força o arpéu, e ela dá outra corrida como a primeira, da qual fica já tão cansada, que de todas as três lanchas a lanceiam com lanças de ferrosagudos a modo de meias-luas, e a ferem de maneira que dá muitos bramidos coma dor, e quando morre bota pelas ventas tanta quantidade de sangue para o arque cobre o sol, e faz uma nuvem vermelha, com que fica o mar vermelho, e esteé o sinal que acabou, e morreu, logo com muita presteza se lançam ao mar cincohomens com cordas de linho grossas, e lhe apertam os queixos e boca, porque nãolhe entre água, e a atracam, e amarram a uma lancha, e todas três vão vogandoem fileira até a ilha de Itaparica

(Religioso Vicente do Salvador 1627 -  Balleneros del norte rumbo al sur. Felipe Valdés Hansen).

 

Fer.

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